Hannah Arendt, ainda jovem foge da perseguição nazista na Alemanha e vai para os EUA, onde encontra uma educação invadida por questões sociais como a violência, o conflito de gerações e o racismo. É neste cenário que Arendt, em sua veemência, vai atacar a concepção “moderna” de educação difundida pela “Escola Nova”, onde a educação torna-se um preparar “para a vida”. "A função da escola [escreve Arendt] é ensinar às crianças como o mundo é, e não instruí-las na arte de viver".
Arendt vai defender uma educação conservadora, mas deixa claro, “isto só é válido para o domínio da educação, ou melhor, para as relações entre crescidos e crianças”, onde temos a criança, “o novo” e os adultos, os já educados. Isso implica dizer que a educação deve ensinar às crianças o mundo, tal como é, ainda que discordemos dele, mas como trabalham-se com seres que ainda não estão preparados para discutir política, as nossas pretensões políticas não devem invadir a escola.
Discordando da tradição platônica e rousseneana, Arendt separa a política e a educação, devido a um simples motivo, na política se trata com adultos, com seres já educados, na educação não, e tratar política com crianças e colocar adultos (já educados) e crianças (em processo) em condição de igualdade.
A nossa pensadora vai defender a autoridade, uma vez que a escola instrui o aluno, diz para “os novos” o que é o mundo, leia-se implícito nessa formulação, a defesa do mundo do assédio do novo, que é por sua vez, potencialmente destrutivo. Em linhas gerais, a Escola é a tradição, que diz para “os novos” – Eis o nosso mundo.
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