Joyce Martins de Souza
Joycems05@hotmail.com
Vanilda Ribeiro da Silva
Vanildaribeiro04@hotmail.com
RESUMO
O texto faz uma análise
sobre o papel da equipe docente, frente à temática da educação inclusiva. Para
identificar a importância de transformar a conduta dos educadores em relação à
Educação Inclusiva, numa instituição escolar de Pequizeiro-To. Para isso,
realizou-se uma entrevista com os profissionais da Educação, onde os mesmos
citarão a dificuldade de estarem trabalhando com esses alunos Especiais, com a
realização desta entrevista semi-estruturadas. Os dados coletados revelam que
para os professores conhecem a importância da inclusão, neste sentido, são
apresentadas reflexões críticas sobre a educação inclusiva na perspectiva da
integração, propondo um estudo da formação dos educadores, o que dificulta e
impede o cumprimento do seu papel de verdadeiros educadores. Por isso notamos a
importância de trabalhar esse conceito dentro dos requisitos do Projeto
Político Pedagógico (PPP), onde os educadores terão uma outra visão em relação
à Educação Inclusiva na nossa realidade.
Palavras-Chaves: Educação Inclusiva, formação
do professor, projeto político pedagógico.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo analisar o Projeto Político
Pedagógico e tem como eixo estabelecer uma temática sobre a Educação Inclusiva
e o papel do corpo docente como mediadora das ações que desenvolvem práticas no
contexto escolar, envolvendo toda a comunidade. Nesse sentido, está reflexão
apresenta a visão dos educadores e a valorização das diversidades dos alunos
portadores de necessidades especiais. Portanto os professores discutiram e
chegaram à conclusão que esta nova proposta educacional tem como alicerce; as
ações reelaboradas presentes no PPP, tendo como parceiros a comunidade local,
formação de professores e atendimento educacional especializado.
As escolas públicas, que são conhecedoras da importância da
formação dos educadores em relação à educação inclusiva, trabalham para
desenvolver programas de formação em serviço que qualifiquem os professores e
outros profissionais para trabalharem com a Educação Inclusiva. A participação
dos professores é essencial em todo trabalho educacional no qual se busca
êxito, no trabalho com a educação inclusiva isso se torna primordial.
A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia
que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à
constituição de qualquer sociedade. Partindo desse princípio e tendo como
horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de
garantir o acesso e a participação de todas as diversas oportunidades,
independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social
(BRASIL, 2004).
Segundo Jerusalinsky e Páez (2001, p.35):
“São poucas as experiências onde se desenvolvem os recursos docentes e técnicos
e o apoio específico necessário para adequar as instituições escolares e os
procedimentos pedagógico-didáticos ás novas condições de inclusão”.
É imprescindível, portanto, investir na criação de uma política de
formação continuada para os profissionais da educação. A partir dessa, seria
possível a abertura de espaços de reflexão e escuta sistemática entre grupos
interdisciplinares e interinstitucionais, dispostos a acompanhar, sustentar e
interagir com o corpo docente.
Portanto, no contexto da escola campo desta pesquisa, observou-se
que os educadores necessitam de mais informações que valorizam o saber de todos
os profissionais da educação no processo de inclusão.
Os dados foram coletados a partir de um roteiro de entrevista semi-estruturado,
buscando auxiliar no levantamento de aspectos que possibilitassem, a partir das
respostas dos participantes, verificar como tem sido trabalhada a organização
física e pedagógica das escolas pesquisadas frente à inclusão do aluno com
paralisia cerebral. Utilizamos, ainda, a observação livre, visando complementar
e enriquecer as informações coletadas através das entrevistas.
O roteiro de entrevista contemplou perguntas abertas voltadas para o
entendimento de como essas escolas estavam lidando com a inclusão desse
alunado, em relação: ao projeto político-pedagógico; a programas de informação
e sensibilização voltados para a comunidade escolar; ao apoio da direção
escolar junto aos professores; a provisão de recursos pedagógicos e materiais
escolares adquiridos pela escola para promover o ensino e a aprendizagem; à
eliminação das barreiras arquitetônicas.
Ressaltamos que, por se tratar de informações voltadas para
organização da escola estas se concentram, em sua maioria, nas falas do
diretor, coordenadoras pedagógicas da escola e professores.
Acredita-se que este estudo seja de grande importância para uma
visão mais ampla no processo de ensino-aprendizagem e da formação dos
educadores, e trará benefícios para a comunidade escolar, garantindo acesso a
todos os seus cidadãos as políticas que lhes cabem por direito.
2- Uma análise da educação inclusiva no
contexto escolar
A Educação
Inclusiva implica no desenvolvimento da sociedade como um todo, respeitando a
individualidade e proporcionando que cada um seja sujeito na construção da
aprendizagem, bem como cidadão apto ao exercício de cidadania..
A inclusão é um aspecto
que precisa está presente no cotidiano e em todas as instâncias do convívio em
sociedade, seja na família, na escola ou na comunidade em que vive de maneira
digna evidenciando suas potencialidades e minimizando suas dificuldades,
tornando-o o, mas independente possível.
A inclusão social, portanto é um
processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através
de transformações pequenas e grandes, nos ambientes físico ( espaços internos e
externos. Equipamentos, aparelhos e utensílios, mobiliários e meios de
transporte) e na mentalidade de todas as pessoas, portanto também do próprio
portador de necessidades especiais (SASSAKI, 2002, pag.. 42).
Portanto, a educação
inclusiva requer interação entre os envolvidos no processo educativo, visando à
totalidade, numa perspectiva global que contemple todos os alunos em suas
necessidades individuais; isso requer uma proposta curricular articulada com a
realidade tendo como resultado a aprendizagem significativa, para a formação de
um cidadão consciente a exercer a cidadania.
Enfim cabe a todos nos,
enquanto educadores apropriarmos dessas diferenças para construirmos nossa
pratica pedagógica, considerando os indivíduos dentro das suas singularidades,
porém é dever da escola adaptar-se as necessidades dos educandos e não os
educandos ás necessidades da escola, uma vez que o foco deve ser a aprendizagem
dos educandos portadores de necessidades educacionais especiais.
2.1 Educação
Especial e a Deficiência:
A
garantia de acesso e permanência dos alunos especiais nas escolas regulares
significa um patamar imprescindível de cidadania para pessoas com deficiências.
Sabe-se que o portador de necessidades especiais foi marginalizado pela
sociedade, sendo excluído da mesma e não tendo os mesmos direitos dos outros
cidadãos (LDB – Lei Nº 9394/96).
De acordo com a Declaração de Salamanca (1994) ao longo da história, pode-se
perceber que a Educação Especial tem sofrido modificações em seus objetivos e
passado por várias redefinições. Surgida inicialmente com a proposta de abraçar
o lado educacional da pessoa portadora de necessidades educativas especiais, a
educação especial abrange, hoje, muito mais a provisão de serviços a esta
população.
No entanto, percebe-se que as deficiências são tão antigas, quanto
o ser humano. Não se trata de um fato novo, sempre existiram e existirão. Desde
a antiguidade e até nossos dias houve obstáculos para se lidar com pessoas portadoras
de necessidades especiais, em razão de preconceitos e discriminações a que são
submetidas essas pessoas pela sociedade. Embora as várias deficiências possam
ser identificadas precocemente, a escola com freqüência é o local em que surge
pela primeira vez a hipótese de que uma criança tenha essa condição, em razão
da demanda advinda de aprendizagens escolares especiais.
Enquanto
área de estudos e ações sobre portadores de necessidades
Especiais,
MAZOTTA (1982 p. 10-11) ressalta que: ( fora do parênteses o autor é escrito em
minúsculo!!)
A Educação Especial está ao
contrário, baseada na necessidade de proporcionar a igualdade de oportunidades,
mediante a diversificação dos serviços educacionais de modo a atender às
diferenças individuais dos alunos, por mais acentuadas que elas sejam. Nesse
sentido, ela representa um desafio aos educadores para encontrar caminhos e
meios, estabelecer uma política de ação e criar facilidades para a provisão de
recursos educacionais apropriados a todos os educandos.
O conceito de deficiência tem passado, nos últimos anos por uma
transformação bastante acelerada. Todavia, a partir do momento que se passa a
respeitar as necessidades educativas especiais de reabilitação e de
escolarização dos portadores de necessidades especiais, excluindo o uso de uma
terminologia única para definir toda uma multiplicidade de pessoas, que exclui
a individualidade dos sujeitos e ela submetidos torna possível considerar e
reconhecer, ao Portador de Necessidades Educativas Especiais, seus valores de
homem com direito a vida ao social e a igualdade, que são idéias do ser humano.
Cabe, portanto, á sociedade eliminar todas as
barreiras arquitetônicas, metodológicas, instrumentais, comunicacionais e
atitudinais para que as pessoas com deficiência possam ter acesso aos serviços,
culturais, lugares, informações, escolas, e bem necessário ao seu
desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional. (SASSAKI,
1997,p.45)
A educação especial quando se aproxima das necessidades lingüísticas,
culturais, sociais das pessoas revisando permanentemente o seu papel e sua
responsabilidade com a inclusão da um passo positivo na tarefa de
reverter os quadros dramáticos da exclusão social.
A discussão sobre a formação de educadores para a educação de
todos, para a inclusão e escolarização adequada de pessoas com dificuldades de
aprendizagem surgiu a partir da Conferência Mundial sobre Educação para Todos
em Jomtien, Tailândia em 1990.
Para a maioria dos especialistas, o professor é a peça chave da
educação inclusiva e precisa ter uma melhor formação em um processo continuo e
permanente.
Portanto, esse é o grande
desafio que a inclusão impõe a escola e aos profissionais da educação:
lidar com a diversidade e buscar respostas para as diferentes necessidades
educacionais, adaptar o ensino ao interesse e o ritmo de aprendizagem de cada
aluno e ajudá-lo a progredir e a ter experiências significativas de
aprendizagem: são essas as metas propostas no Projeto Político Pedagógico.
Nessa tendência de direitos sociais, a Declaração de Salamanca
(1994) recomendava que a formação inicial deveria incutir em todos os
professores uma orientação positiva sobre a deficiência, de forma que permitisse
entender o que as escolas poderiam conseguir avançar com a ajuda dos serviços
locais de apoio.
Bueno (1999) coloca quatro desafios que a educação inclusiva
impõe à formação de professores: formação teórica sólida ou uma formação
adequada no que se refere aos diferentes processos e procedimentos pedagógicos
que envolvem tanto o "saber" como o "saber fazer"
pedagógico; formação que possibilite dar conta das mais diversas diferenças,
entre elas, as crianças deficientes que foram incorporadas no processo
educativo regular; formação específica sobre características, necessidades e
procedimentos pedagógicos para as diferentes áreas de deficiência.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica (2001) representam certo avanço no sentido de responsabilizar a União,
os Estados e Municípios quanto à formação continuada de professores regentes de
classe comum, e recomendam o aprofundamento de estudos por meio de cursos de
especialização. No entanto, contraditoriamente, prevê a figura do professor
generalista, sem identificação clara de tipo, caracterização da formação e das
competências pedagógicas que esse professor deve assumir.
Sendo assim, a concepção que tem orientado as opiniões de muitos
gestores e educadores que atuam na perspectiva da educação inclusiva é de que a
escola é um dos espaços de ação de transformação. Uma compreensão que aproxima
a idéia de políticas de educação e políticas sociais amplas que garantam a
melhoria da qualidade de vida da população.
2.3 Inclusão Escolar e a
Conscientização:
Para Sassaki (1997), a inclusão social vem acontecendo e se
efetivando em países desenvolvidos desde a década de 80. De acordo com Aguiar
(2002; 2004), no Brasil foi só a partir da Constituição da República Federativa
de 1988 que aumentou o número de estudos voltados para essa área. Ainda segundo
Aguiar, no campo da educação formal eles começaram a ocorrer, de forma mais
sistemática, após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de
dezembro de 1996.
A educação conduz ao conhecimento e à formação humana e, por isto,
interage com a sociedade. Deve, portanto a educação aceitar a inclusão de todos
como sujeitos de sua autonomia, na manutenção de suas crenças, valores e
individualidade.
O
benefício da inclusão escolar não é apenas para crianças com deficiência, é
efetivamente para toda a comunidade, porque o ambiente escolar sofre um impacto
no sentido da cidadania, da diversidade e do aprendizado.
A proposta de inclusão escolar constitui,
portanto, uma proposta politicamente correta que representa valores simbólicos
importantes, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades
educacionais para todos, e um ambiente educacional favorável. Impõem-se como
uma perspectiva a ser pesquisada e experimentada na realidade brasileira,
reconhecidamente ampla e diversificada (BRASIL, 2001, p.17).
Então, não é o aluno quem se molda ou se adapta à escola, mas é
ela que, consciente de sua função, coloca-se à disposição do aluno, tornando-se
um espaço inclusivo. É preciso esclarecer que a inclusão escolar não é
simplesmente matricular um aluno com necessidade educacional especial em uma
sala de aula comum, e dizer que ele está incluído. É bem mais que isso, é fazer
com que ele se beneficie do currículo escolar, da convivência com os alunos
ditos “normais”.
É indiscutível que a implantação da educação inclusiva pressupõe a
superação de alguns obstáculos impostos pelas limitações do sistema regular de
ensino, como, por exemplo, as dificuldades operacionais e pragmáticas,
curriculares, as práticas pedagógicas, recursos humanos, arquitetônicos,
pedagógicos e físicos.
Sendo assim, Mantoan (2003) afirma que:
A inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino
escolar específicas para esta ou aquela deficiência/e ou dificuldade de
aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de
boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorará
convenientemente as possibilidades de cada um (p.67).
Em outras palavras, a inclusão constitui um paradigma educacional
fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e
diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação á idéia de
equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da
exclusão dentro e fora da escola. Portanto a sociedade inclusiva e a escola
inclusiva, enquanto ideais, têm angariado as simpatias dos pais, dos educadores
e da sociedade em geral.
Afinal , o movimento de não excluir está implícito nos ideais
democráticos, aceitos e proclamados, universalmente.
Nesta perspectiva a convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo
decreto nº 3.956/2001, afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos
direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo
como discriminação com base na deficiência toda diferenciação ou exclusão que
possam impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades
fundamentais. Este decreto tem importante repercussão na educação, exigindo uma
reinterpretação da educação especial, compreendida no contexto da
diferenciação, adotado para promover a eliminação das barreiras que impede o
acesso á escolarização.
No entanto a história das idéias sobre educação deixa evidente que pouco ou
nada tinha de inclusiva, seja em termos da universalização do acesso, seja em
termos da qualidade do que era oferecido. Hoje em dia, o panorama é,
felizmente, outro, pois temos mais consciência acerca de direitos humanos, embora
a prática da proposta de educação inclusiva ainda não conte com o consenso e
unanimidade, mesmo entre aqueles que defendem a idéia.
Todavia, os desenvolvimentos dos estudos no campo da educação e dos direitos
humanos vêm modificando os conceitos, as legislações, as práticas educacionais
e de gestão, indicando a necessidade de se promover uma reestruturação das
escolas de ensino regular e da educação especial. Segundo Salamanca (1994), as
escolas regulares com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de
combater atitudes discriminatórias e que alunos com necessidades educacionais
especiais devem ter acesso á escola regular, tendo como principio orientador
que “as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras”
(BRASIL, 2006, p.330).
A idéia de uma sociedade
inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade,
como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo
desse princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos,
sinaliza a necessidade de garantir o acesso e a participação de todas as
diversas oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo
e/ou grupo social (BRASIL, 2004).
2.4 Projeto
Político Pedagógico
A nova concepção da
educação de pessoas com deficiência, na perspectiva da escola inclusiva, põe em
evidência a urgência de uma reestruturação política, filosófica e estrutural do
ensino regular. Nesse sentido, a escola, para ser considerada um espaço
verdadeiramente inclusivo, precisa ajustar-se ao seu contexto real, respondendo
aos desafios que se apresentam. Dentre estes, podemos destacar que um dos
desafios que se colocam frente à escola para que se encaminhe a uma educação de
qualidade é a reelaboração de seu projeto político-pedagógico para quebrar
barreiras sólidas em torno da inclusão social, de forma autônoma e
participativa.
No entendimento de Veiga (1996), o Projeto Político Pedagógico está relacionado
à própria organização do trabalho pedagógico da escola em sua totalidade isto
é, a tudo o que acontece na mesma em termos operativos. Desse modo, não é nada
mais do que a própria vivência da escola, tendo em vista sua particularidade,
limitações e necessidades. Sua importância, entre outros aspectos, reside no
fato da escola gerir suas ações com base num diagnóstico de sua realidade
educacional, de modo que, a partir desse conhecimento, a comunidade escolar
possa coletivamente identificar suas dificuldades com vistas a propor soluções.
No entanto, essa realidade, para algumas escolas, ainda nos parece distante,
pois quando as coordenadoras pedagógicas participantes da pesquisa são
questionadas quanto à existência de um projeto político pedagógico com base nos
princípios da educação inclusiva, as mesmas relatam que:
A escola dispõe de projeto, mas ele ainda não contempla os alunos com
necessidades educacionais especiais.
De acordo com os professores entrevistados, trabalhar com crianças portadoras
de necessidades educacionais especiais requer uma construção coletiva de
saberes, ou seja, os mesmos sentem–se totalmente despreparados para lidar com
essa inclusão; Outra dificuldade apontada pelos educadores é a super lotação
das salas de aula.
Diante do exposto pelos professores é valido destacar que os mesmos devem
oportunizar-se numa prática reflexiva, que os levem a ter uma postura de
mudança diante das legislações que regem a inclusão.
É importante entendermos o
Projeto Político Pedagógico como um instrumento norteador das ações
educacionais, constantemente redimensionado em função das necessidades e
dificuldades que surgem no bojo das relações que se travam no cotidiano
escolar. Precisa, pois, ser dinâmico e flexível, ajustando-se ao tempo, ao
espaço e às pessoas que constituem o ambiente escolar.
Segundo VEIGA (1995,p.14)
A principal possibilidade de construção do
Projeto Político Pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, da sua
capacidade de delinear sua própria identidade. Isso significa resgatar a escola
como espaço público, lugar de debate, do dialogo, fundado na reflexão coletiva.
Portanto, é preciso entender que o Projeto Político Pedagógico dará indicações
necessárias a organização do trabalho.
Sendo
assim, a escola necessita ser autônoma na construção do Projeto Político
Pedagógico, buscando parcerias com a comunidade, para sanar as lacunas
encontradas no decorrer do processo educativo.
Considerações
finais.
Com este trabalho pôde-se considerar e refletir quanto às
propostas educacionais que garantem “educação para todos” nesse processo
chamado inclusão, se elas realmente acontecem nas escolas. Sabe-se que a
educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer cidadão, e que é
fundamental incluir este aluno com necessidades educacionais especiais e
garantir a possibilidade de seu crescimento, mas lembrando que isso só é
possível quando há professores e comunidade envolvidos e realmente comprometidos
com a educação. Deixar o aluno em sala regular e não atender o que realmente
ele necessita, não é inclusão.
Para a efetivação da inclusão escolar, não basta somente a existência de
legislações amplas e vigentes, mas, exigem-se mudanças gradativas, contínuas e
sistemáticas de toda a sociedade para que as pessoas com deficiência possam ser
vistas de maneira igualitária. A reforma no sistema de ensino, a qualificação
profissional e o trabalho multidisciplinar são fatores que influenciam no
sucesso ou no fracasso da inclusão educacional das pessoas com deficiência.
A educação Inclusiva para alunos portadores de necessidades
especiais, embora com legislação bastante apropriada, ainda passa por grandes
dificuldades em sua concretização, sendo que é preciso ter claro o conceito de
inclusão que fundamenta o projeto político pedagógico de cada sistema
educacional. Um projeto que não discrimina que não segrega e que se organiza
para receber cada aluno assumindo o compromisso da gestão pública. É dessa
inclusão que estamos falando.
Portanto, o objetivo desta
pesquisa foi identificar como a escola tem abordado em seu Projeto Político
Pedagógico a visão dos Educadores em relação a educação especial, uma vez
que esta deverá ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino.
Mediante os resultados observados e
analisados ,constatou-se que para haver de fato uma aprendizagem significativa
é necessário desenvolver programas de formação continuada que qualifiquem
os professores e outros profissionais para trabalharem em Educação Inclusiva.
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3.956,de 08 de Outubro de 2001. Promulga a convenção Interamericana para
Eliminação contra Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001.
BRASIL, Constituição
da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado
Federal/Secretaria Especial de Editoração e Publicações,
1988. [ Links ]
BRASIL,
Ministério Público Federal, Fundação Procurador Pedro Jorge de Mello e Silva. O
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rede regular. 2. ed. Brasília, DF: Procuradoria Federal dos Direitos do
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2004. [ Links ]
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BRASIL. Constituição da
República Federativa do Brasil. São Paulo: Atlas, 1988.
BUENO, Geraldo Silveira. Educação
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Formatar direito e retirar o negrito que destaquei em vermelho!)
BRASIL. Ministério
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BRASIL. Coordenadoria
Nacional para Integração de Pessoas Portadoras de Deficiências. Declaração de
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MANTOAN, M.T.E Inclusão
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UNESCO – Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura /
Ministério da Educação e
Ciência da Espanha / Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência – Coordenação. Declaração de
Salamanca e linha de ação
sobre necessidades educacionais especiais.
Brasília, 1994.
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