Filhos do Paraíso

O cinema iraniano sempre nos presenteia com histórias simples que nos fazem refletir sobre nossas vidas e quais os valores que realmente são importantes. Com o belíssimo filme “Filhos do Paraíso” não é diferente, os personagens principais são os irmãos Ali e Zarah, membros de uma família pobre financeiramente, que enfrenta as dificuldades com muita dignidade e princípios.

Em um momento de distração Ali perde o único par de sapatos da irmã que havia levado para consertar, ao retornar para casa conta para Zarah o ocorrido e neste momento começa o principal drama do filme, que nos proporciona cenas de cumplicidade entre os irmãos que diante da situação acabam revezando o mesmo par de sapatos para irem à escola, até que surge uma oportunidade de solucionarem o problema: Ali se inscreve em uma corrida entre garotos de vários colégios, e o prêmio para o terceiro colocado é exatamente um par de tênis novo.

Exibir este filme nas escolas é uma grande oportunidade que professores e alunos terão de discutir vários aspectos presentes no mundo contemporâneo como as diferenças sociais e culturais, o consumismo em uma sociedade globalizada onde, infelizmente, para muitas pessoas é mais importante “ter” do que “ser”.

Considero esse filme puro poema, muito simples mas capaz de tocar o coração do espectador de uma forma única e especial. Os pequenos Alie e Zarah nos ensinam de forma poética lições que podemos levar para a vida inteira.

Filhos do paraíso foi dirigido por Majid Majidi (o mesmo diretor do filme “A Cor do Paraíso”), ganhou vários prêmios em alguns festivais pelo mundo, e também foi ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1999, competindo com Central do Brasil (Brasil) e o vencedor A vida é Bela (Itália). Uma curiosidade interessante entre os três filmes é que ambos tem como personagens centrais um garoto.


Resenha elaborada por Lucyano Jorge.
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