Artista: Kathe Kollvitz

 
Morte



 Marcha dos Camponeses



Pão



Mulher e criança morta


Kathe Kollvitz

Kollwitz nasceu na Alemanha em meados do séc. XIX e viveu o suficiente para presenciar e retratar duas grandes guerras, a exploração desumana dos trabalhadores das indústrias emergentes, a miséria dos camponeses, a gradativa perca da perspectiva de futuro e a banalização do sofrimento humano instituindo-se dia pós dia no olhar de cada um.
Todas estas denúncias são evidentes em suas obras e em suas ações. Mesmo sem nunca ter se filiado a nenhum partido político, Kathe fez parte de muitos movimentos e instituições sociais, como por exemplo a Ajuda Internacional do Operário (Rússia), União Nacional para a Proteção de Prisioneiros Civis e de Guerra Alemães, União Sindical Internacional e do Movimento Socialista dos Operários, Movimento do Partido Comunista para a anulação do decreto do aborto e outros.
Suas obras muitas vezes foram desprezadas e alvo de deboche por parte da classe burguesa da época, enojada ao ver a realidade da pobreza e indiferente a real situação do povo trabalhador. Foi recusada em muitos salões e mostras de arte. Apresenta obras que sucumbem ao Belo, sendo estas a “quintessência e o testemunho duradouro do espírito que animou sua época” (Hannah Arendt). Opta pelas técnicas de água-forte, litografia e xilogravura. Possui característica de simplicidade e extrema emotividade, levando alguns teóricos e críticos a classificá-la como expressionista, mesmo sem ter participado de nenhum movimento artístico.
À sua obra, impossível não ser transportado para a cena retratada, como que arrancados de nosso confortável posto de espectadores. Kathe me parece ser a representação de uma arte com A maiúsculo e dourado, de uma arte forte, transformadora, crítica, política e ao mesmo tempo, demasiado humana.

Anna Negri

Um comentário:

  1. Olá Paulo,
    o meu blog não seria propriamente cristão, mas desenvolvido por um Cristão...
    Utilizo-me de textos que apontem para uma reflexão, independente de religião... Você achou a frase de Nietzsche contraditória???
    E o termo "ateu cristão" seria contraditório???
    Veja esse link: http://carmarvieira.blogspot.com/2009/09/carta-de-um-ateu-cristao_19.html

    Um abraço,
    Carlos Vieira

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